BRAZIL
Tipped for growth: Brazil’s insurance markets
The size of Brazil’s insurance sector in relation to the wider economy and an action plan by insurance bodies mean robust growth is likely.
As the Inter-American Federation of Insurance Companies (FIDES) lands in Rio de Janeiro for its annual event, FIDES Today examines the country’s insurance markets.
As well as being the largest economy in Latin America, Brazil also has the largest insurance markets. In 2022, Brazil was the 17th largest insurance market globally—and it accounted for 41% of Latin America’s insurance revenue.
Insurance premiums last year were R$619.3 billion ($127 billion), equivalent to 6.3% of Brazil’s gross domestic product (GDP), while claims amounted to R$452.1 billion. Last year, revenues increased 11.8%.
The Brazilian insurance market is heading for strong growth, however. This is partly because it is relatively small in relation to the size of the economy and partly because of plans developed by various representative bodies to grow the market.
The latest projection by the National Confederation of Insurers (CNseg) indicates that the Brazilian insurance market will grow again in the double digits in 2023. The most recent estimate is for growth of 11.1%, up from the previous projection of 10.9% (not including mandatory vehicle insurance and health insurance).
Casualty insurance (not including mandatory vehicle insurance) is forecast to grow 18.1% in 2023. Two other areas likely to see strong growth are auto, which is expected to grow 23.3%; and agricultural, which is projected to grow 20.1%.
These bullish growth forecasts are reflected in other analyses, although the figures differ due to differences in methodology. Fitch Ratings suggests that Brazilian insurance sector’s premiums increased by 7.7% compared with 1H22. All segments reported premium increases in 1H23, led by auto (18%) and property/casualty (P/C; 11%), which had 14% combined growth compared with 1H22.
“Fitch considers the Brazilian insurance market to be technically sophisticated.”
Eduardo Recinos, Fitch Ratings
Eduardo Recinos, senior director, regional group head LatAm–insurance, Fitch Ratings, said: “Fitch considers the Brazilian insurance market to be technically sophisticated, with highly diversified and deep product offerings. The agency also believes that Brazilian insurers have a solid business profile, resilient financial performance and adequate leverage ratios, in addition to a well-developed regulatory environment compared to other Latin American countries.
“However, the sector is exposed to the sovereign rating, due to the industry’s significant exposure to Brazilian government bonds and the concentration of operations in the region.”
Ambitious plans
Insurance bodies in Brazil have ambitious plans which are designed to make it more attractive by 2030. The Insurance Market Development Plan, drawn up by CNseg, FenSeg (which represents casualty insurers), FenaPrevi (pensions and life), FenaSaúde (health), FenaCap (lottery bonds) and Fenacor (insurance brokers), as well as the sector’s companies, have set a target of insurance premiums reaching 10% of Brazil’s GDP within eight years.
The plan will achieve this goal through a number of pillars. It wants to increase the visibility of insurance, demystify the idea that insurance is expensive, simplify insurance operations, and make the industry’s technical jargon more understandable.
It wants to also better explain the role of the insurance market when it comes to environmental, social and corporate governance (ESG) issues, demonstrating the sector’s commitment to the sustainability agenda.
The plan notes that insurers are some of Brazil’s largest institutional investors. This means they can help shape sustainable growth and drive ESG by selecting certain investments. In addition, on the underwriting side, they can choose to deselect certain risks, while promoting decarbonisation initiatives.
Inflation matters
One additional boost for the industry has been an improvement in inflation this year, which reduces pressure on insurers’ loss ratio. Fitch Ratings cites this as a positive thing but also a potential economic slowdown.
“Fitch incorporates in its outlook the positive trends in collections in recent periods for the insurance sector. The maintenance of premium growth partly reflects adjustments in pricing resulting from the increase in vehicle prices and the increase in economic activity, among other factors,” the rating agency said.
“The inflation scenario also showed a significant improvement.”
“The inflation scenario also showed a significant improvement, with the Broad Consumer Price Index (IPCA) accumulated up to June at 2.95%—a drop compared to 2022 and 2021, when it was 5.8% and 10.1 %, respectively.
“The improvement in the inflationary scenario, in turn, also partially reduces the pressure on the loss ratio. On the other hand, Fitch expects economic activity to slow down in the coming periods, as a result of tighter domestic monetary policy and slower global growth.
“The growth of premiums in the insurance market presented solid indexes, but the lower economic growth could affect premium production in the coming periods.”
Fitch has the 2023 Brazilian insurance sector outlook as ‘neutral’, in line with Brazil’s ‘stable’ outlook. Fitch Ratings upgraded Brazil’s sovereign rating to ‘BB’ from ‘BB–’ with a stable outlook in July 2023. The upgrade to Brazil’s sovereign rating led to Fitch’s view of the sector’s profile and operating environment improving.
The rating agency also warns of a deceleration in premium growth. “The improvement in inflation reduces pressure on the loss ratio. However, Fitch expects lower price adjustments due to inflation, mainly for insurers with auto and P/C lines coverage.”
It notes that Brazilian insurance companies’ investment portfolios are composed mainly of local public or private fixed-income securities. Therefore, the beginning of a more expansionist monetary policy should reduce the profitability of these securities.
BRASIL
Projetados para o crescimento: os mercados de seguros no Brasil
A dimensão do setor de seguros no Brasil em relação à economia em geral e um plano de ação das entidades seguradoras significam que é provável que haja um crescimento robusto.
Enquanto a Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) chega ao Rio de Janeiro para seu evento anual, a FIDES Today analisa os mercados de seguros no país.
Além de ser a maior economia da América Latina, o Brasil também possui os maiores mercados de seguros. Em 2022, o Brasil era o 17o maior mercado de seguros do mundo—e respondia por 41% da receita de seguros da América Latina.
Os prêmios de seguros no ano passado foram de BRL 619,3 bilhões (USD 127 bilhões), equivalentes a 6,3% do produto interno bruto (PIB) do Brasil, enquanto os sinistros totalizaram BRL 452,1 bilhões. No ano passado, as receitas aumentaram 11,8%.
O mercado brasileiro de seguros caminha, no entanto, para um forte crescimento. Isso se deve em parte ao fato de ser relativamente pequeno em relação ao tamanho da economia, e em parte devido aos planos desenvolvidos por vários organismos representantes para fazer crescer o mercado.
A última projeção da National Confederation of Insurers (CNseg) indica que o mercado brasileiro de seguros voltará a crescer na casa dos dois dígitos em 2023. A estimativa mais recente é de crescimento de 11,1%, acima da projeção anterior de 10,9% (sem incluir seguro obrigatório de veículos e seguro de saúde).
Os seguros contra acidentes (sem incluir seguro obrigatório de veículos) deverão crescer 18,1% em 2023. Duas outras áreas que provavelmente terão um forte crescimento são o setor automobilístico, que deverá crescer 23,3% e o agrícola, que deverá crescer 20,1%.
Essas previsões de crescimento otimistas são refletidas em outras análises, embora os números sejam diferentes devido a diferenças na metodologia. A Fitch Ratings sugere que os prêmios do setor de seguros no Brasil aumentaram 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2022. Todos os segmentos reportaram aumentos de prêmios no primeiro semestre de 2023, liderados por automóveis (18%) e patrimoniais/acidentes (P/A; 11%), que tiveram crescimento combinado de 14% em comparação com o primeiro semestre de 2022.
Eduardo Recinos, diretor sênior do grupo regional de seguros para a América Latina da Fitch Ratings, afirmou: “A Fitch considera o mercado brasileiro de seguros tecnicamente sofisticado, com ofertas de produtos altamente diversificadas e abrangentes. A agência também acredita que as seguradoras brasileiras possuem um perfil de negócios sólido, desempenho financeiro resiliente e índices de alavancagem adequados, além de um ambiente regulatório bem desenvolvido em comparação com outros países latino-americanos.
“No entanto, o setor está exposto ao rating soberano, devido à exposição significativa da indústria aos títulos do governo brasileiro e à concentração de operações na região.”
“A Fitch considera o mercado brasileiro de seguros tecnicamente sofisticado.”
Eduardo Recinos, Fitch Ratings
Planos ambiciosos
As seguradoras no Brasil têm planos ambiciosos que visam torná-lo mais atrativo até 2030. O Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, elaborado pela CNseg, FenSeg (que representa as seguradoras de responsabilidade civil), FenaPrevi (previdência e vida), FenaSaúde (saúde), FenaCap (títulos de loteria) e Fenacor (corretoras de seguros), além das empresas do setor, estabeleceram uma meta de que os prêmios de seguros atinjam 10% do PIB do Brasil em oito anos.
O plano alcançará esse objetivo através de uma série de pilares. Pretende-se aumentar a visibilidade dos seguros, desmistificar a ideia de que os seguros são caros, simplificar as operações de seguros e tornar o jargão técnico do setor mais compreensível.
Pretende-se também explicar melhor o papel do mercado de seguros em relação a questões de ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG), demonstrando o compromisso do setor com a agenda de sustentabilidade.
O plano observa que as seguradoras estão entre os maiores investidores institucionais do Brasil. Isso significa que elas podem ajudar a moldar o crescimento sustentável e impulsionar o ESG selecionando determinados investimentos. Além disso, do lado da subscrição, podem optar por desmarcar determinados riscos, ao mesmo tempo que promovem iniciativas de descarbonização.
A inflação é importante
Um impulso adicional para a indústria foi a melhoria da inflação este ano, o que reduz a pressão sobre o índice de sinistralidade das seguradoras. A Fitch Ratings cita isso como algo positivo, mas também como uma potencial desaceleração econômica.
“A Fitch incorpora em suas perspectivas as tendências positivas de arrecadação nos últimos períodos para o setor de seguros. A manutenção do crescimento dos prêmios reflete, em parte, ajustes de preços resultantes do aumento dos preços dos veículos e do aumento da atividade econômica, entre outros fatores,” segundo a agência de classificação.
“O cenário da inflação também apresentou melhora significativa.”
“O cenário da inflação também apresentou melhora significativa, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até junho em 2,95%—queda em relação a 2022 e 2021, quando foi de 5,8% e 10,1%, respectivamente.
“A melhora do cenário inflacionário, por sua vez, também reduz parcialmente a pressão sobre a sinistralidade. Por outro lado, a Fitch espera que a atividade econômica desacelere nos próximos períodos, como resultado de uma política monetária interna mais restritiva e de um crescimento global mais lento.
“O crescimento dos prêmios no mercado de seguros apresentou índices sólidos, mas o menor crescimento econômico pode afetar a produção de prêmios nos próximos períodos.”
A Fitch considera a perspectiva do setor de seguros no Brasil para 2023 como “neutra” em linha com a perspectiva “estável” do Brasil. A Fitch Ratings elevou o rating soberano do Brasil para “BB” de “BB–”, com perspectiva estável em julho de 2023. A elevação do rating soberano do Brasil levou a uma melhoria da visão da Fitch de que o perfil e o ambiente operacional do setor apresentam melhora.
A agência de rating alerta também para uma desaceleração no crescimento dos prêmios. “A melhora da inflação reduz a pressão sobre a sinistralidade. No entanto, a Fitch espera ajustes de preços mais baixos devido à inflação, principalmente para seguradoras com cobertura de automóveis e P/A.”
Observa-se que as carteiras de investimentos das seguradoras brasileiras são compostas principalmente por títulos de renda fixa públicos ou privados locais. Portanto, o início de uma política monetária mais expansionista deverá reduzir a rentabilidade desses títulos.
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